quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

O protagonismo da mulher: na política partidária e a nossa real política!


Essas mulheres lindas entoam essa canção por motivos bastante óbvios dado o contexto político Nacional! Em especial trata-se de um ato de coragem, de irreverência aos pronunciamentos da Ministra da Fámilia, da Mulher e dos Direitos Humanos. Com uma pasta tão abrangente e de profundo interesse das feministas e defensorxs dos Direitos Humanos, Damares sempre causa discussões polêmicas. 

"As feministas promovem uma guerra entre homens e mulheres. Me preocupo com a ausência da mulher de casa. Hoje, a mulher tem estado muito fora de casa. (Me preocupam) funções que a mulher tinha no passado, principalmente em relação às crianças", afirmou em entrevista a um veículo identificado como Expresso Nacional. "Eu costumo brincar o seguinte: como eu gostaria de ficar em casa, toda tarde, numa rede, me balançando, e meu marido ralando muito para me sustentar e me encher de joias e presente. Esse seria o padrão ideal da sociedade. Mas, infelizmente, não é possível, temos de ir para o mercado de trabalho."
(Fonte: http://m.leiaja.com/politica/2018/12/07/futura-ministra-coleciona-declaracoes-polemicas/ )

Entre discursos de Kit Gay e o mais recente, o Kit Macumba que, segundo a Ministra seriam distribuídos nas escolas, maculando a sociedade de príncipes e princesas, no reino encantado onde as meninas vestem rosa e os meninos vestem azul, Damares é sem sombra de dúvidas, uma mente perturbada, com pré-conceitos acirrados, semeando a mentira, com boatos inverídicos.  Totalmente desconhecedora dos estudos feministas sobre gênero, seus pronunciamentos acabam sempre provocando tensões e protestos feministas e da sociedade mais crítica. A nefasta difusão de que as mulheres e homens, que defendam os estudos de gênero intencionam acabar com a família, perverter o sexo das crianças e destruir a cultura feminina e a cultura masculina é o mal do nosso tempo, ao qual a ministra - e a atual equipe de governo e religiosos - é atormentada.

Podemos então perguntar de que cultura estamos falando? Seria aquela que tem o homem no topo da sociedade, que manda e desmanda, submete e domina os(as) abaixo do seu status de poder? Se for, garantimos que iremos continuar lutando pela quebra dos padrões azul e rosa, pois essa sociedade que tem suas normas criadas e comandadas apenas por homens machistas, deixemos claro que: está mais do que na hora de ser transformada. Lutaremos pela igualdade de direitos e pela equidade dos papéis e espaços, negando essa cultura normativa dos homens, ao passo que às mulheres cabe apenas cumpri-las. Não promovemos guerra, são homens que promovem guerras, nós promovemos consciência, consciência essa que parece faltar a exma. Ministra Damares. 


terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

O olhar feminino sobre a história de Jacó!


A TENDA VERMELHA 
Baseada no romance homônimo de Anita Diamant


Sugestão de filme para aguçar seu protagonismo feminista, com consciência que, desde os primórdios as mulheres atuaram com força, garra e determinação, mesmo quando não podiam ser sujeitos de sua própria história. De alguma forma a mulher sempre soube como ser resistência! 
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Na Bíblia, as mulheres ocupam um lugar à sombra, por isso ficamos privados de sua sensibilidade na descrição dos acontecimentos. Numa narrativa envolvente, Anita Diamant resgata esse olhar feminino e dá vida às personagens bíblicas, recriando o ambiente em que viveram, seu cotidiano, suas provações e suas paixões. Filha de Jacó e Lia, Dinah - cuja trajetória é apenas sugerida no Livro do Gênese - é a figura central desta trama, que começa com a história das quatro esposas de Jacó, a quem ela chama de 'mães'; Lia, Raquel, Zilpah e Bilah. O amor delas e o legado que lhe transmitem servem de apoio durante a fase de trabalho duro da juventude, no ofício de parteira e na vida nova em uma terra estrangeira. À medida que cresce, Dinah observa tudo o que se passa no deserto - as conquistas, a rivalidade entre os irmãos, a sensualidade intuída, a aspereza do relacionamento entre os homens, a complexidade dos sentimentos das mulheres, a construção de um povo descrita a partir da saga de um núcleo familiar. De espectadora, ela passa a protagonista, e são seus amores, medos, descobertas e perdas que vão sendo narrados no cenário mais amplo de um mundo bíblico de caravanas, pastores, agricultores, príncipes, escravos e artesãos.

Há também o livro: 

Sinopse: Uma história extraordinária sobre a condição ancestral da mulher. UM livro emocionante que traz poderosas lições de amor, perdão e sororidade. O Livro que deu origem à série da Netflix.
                

Seu nome é Dinah. NA Bíblia, sua vida é mencionada em um breve episódio no livro do Gênesis, nos capítulos sobre seu pai, Jacó. Narrado na voz de Dinah, este romance revela as tradições e as turbulências de ser mulher na antiguidade.
A tenda vermelha era o lugar em que as mulheres se reuniam durante seus ciclos de nascimento e menstruação ou quando estavam doentes. IMaginando as conversas e os mistérios mantidos dentro dessa tenda exclusivamente feminina, Anita Diamant nos oferece um olhar privilegiado sobre a vida diária das quatro esposas de Jacó, mães de seus doze filhos homens, e sobre o convívio com sua única filha, Dinah. COm o resgate desse olhar feminino, conhecemos as fascinantes mulheres que sangraram, trocaram palavras, experiências e rituais na tenda vermelha. 
Em uma voz íntima e poética, Dinah sussurra histórias sobre suas quatro “mães”, Raquel, Lia, Zilpah e Bilah, que a inspiraram com seus traços femininos únicos. COnforme histórias permeadas de sensualidade, intuição e fortes emoções vão sendo narradas, descortina-se um mundo de caravanas, escravos, artesãos, príncipes, milagres e segredos femininos, até o momento em que Dinah mergulha em sua própria saga de paixão, traições e sofrimento.

Desejamos que seja útil, essas duas versões (filme ou livro) de pensar o papel da mulher, seja no ontem ou no hoje de nossa história. Lembrando que sempre fomos fortes e sempre soubemos aproveitar as brechas possíveis contra o domínio masculino. De uma forma ou de outra, chegamos até aqui e precisamos nos orgulhar do nosso legado e do que estamos nos transformando a partir do feminismo.